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Portugal lidera o ranking dos melhores países para se reformar, segundo o Best European Country for Retirement Index. O estudo revela que somos
um país seguro, com muito sol, praias de boa qualidade, famoso pelos seus vinhos, com campos de golfe maravilhosos e um custo de vida baixo. Maravilha. Quem pode não gostar de viver neste pequeno paraíso à beira-mar plantado?
Acrescenta-se mais um detalhe, um plus para uns, um handicap para outros, que o estudo revela: Portugal tem uma população acima dos 65 anos bastante elevada.
Ora bem. Podem até catalogar-nos como um excelente país para reformados, prefiro dizer que somos um país com excelentes oportunidades para a silver economy. Os mais velhos já não são padronizados como alguém que gosta do ‘dolce far niente’ e com capacidades físicas limitadas. Esta geração designada como baby boomers, nascida no pós-guerra, são os consumidores premium dos nossos tempos. São tecnologicamente avançados, a pandemia potenciou as suas skills nesta área, a sua esperança média de vida aumentou, e tornaram-se um ativo topo de gama.
E não é só um sentir. A frieza dos números é reveladora: a União Europeia prevê que a economia grisalha cresça 5% por ano, estando em 2025 avaliada em 5,7 mil milhões de euros.
O futuro da economia de países como Portugal está aqui. E se a geração Z e os millennials, que, no geral, ainda não têm mão nas suas próprias finanças, forem inteligentes, vão investir nesta economia de longevidade que está no auge da sua pujança. Porque os mais velhos querem viver. E isso – o verbo viver – tornou-se uma microtendência de que já só muito tarde nos lembramos. É que a esperança média de vida aumentou, mas não somos eternos.

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