É a mudança que move historiadores e curiosos em todo o mundo. Existe uma tendência a crer que o século 20 foi o mais marcante, já que inegavelmente a tecnologia, garantindo presença em “novidades” que vão de bombas a automóveis, foi a estrela deste período. Contudo, não seria um erro vincular, estritamente, transformações à tecnologia? A Peste Negra, por exemplo, apesar de ter sido um fenômeno biológico, não foi um grande fator de mudança no século 14? Pensando nisso, selecionamos, na página 16, uma lista com as principais mudanças ocorridas em cada século.
Falando em listas, imagine três ditadores. Provavelmente, Hitler é o número 1. Em segundo lugar, vamos chutar Stalin. Se a terceira opção for Napoleão, esta edição é um convite a enxergar o general de outra maneira. Na página 27, Andrews Roberts é quem advoga em favor de Bonaparte, o “louco e cruel”, face complementada por adjetivos como “generoso e visionário”. Controverso, mas como ciência inexata, chega a ser injusto no âmbito da história não considerar as importantes realizações do imperador.
Controverso também é o assunto de capa, que leva o foco até os rituais da maçonaria. O tema envolve especulações pitorescas, incluindo sacrifícios animais, e a matéria da página 33 é para desmistificar: em entrevista com um importante membro da ordem, é fácil perceber que há muito mais de simbólico, incluindo os rituais de morte, do que real – embora esses mesmos ritos tenham resultado em episódios fatais. 
Para coroar este segundo ano de BBC History Brasil – pois é, já estamos no ano dois da publicação em terras brasileiras! – ganhamos a parceria do historiador Rodrigo Trespach nesta edição 5. Quem pensaria em inventar um passado de nobreza para garantir status às gerações futuras? Um imigrante pensou. A partir de histórias da imigração alemã, o pesquisador nos oferece uma reflexão sobre a construção da memória por meio de enredos curiosos, que pode ser lida na página 54.

A relação entre religião e política parece ser mesmo a tônica dos debates dos últimos tempos, se é que um dia deixou de ser. Sob a justificativa de erguer um califado autêntico, que preserve a verdadeira cultura, o Estado Islâmico e seu levante ganharam as páginas internacionais por seus métodos que nada resgatam o califado Abássida dos primeiros mil anos depois de Cristo – onde, apesar de terem seus métodos de conversão, como a cobrança de taxa aos cristãos, a sociedade muçulmana no Iraque era pluralista e tolerante. Ora, se a ideia é resgatar o período Abássida, por que cabeças estão sendo cortadas? A resposta não pode ser simples, mas a apropriação da riqueza do petróleo e a delimitação de território por potências europeias, para citar apenas dois fatores, já nos dá a ideia do que faz do impasse algo tão complexo. Nas páginas 10 e 11, o futuro do Iraque é debatido, enquanto na página 15, o colunista Michael Wood desconstrói a justificativa do ISIS, que tem se baseado em um mítico resgate da realidade histórica.
Falando em mito, o que você sabe sobre a Primeira Guerra? Já ouviu falar sobre a trégua natalina que se transformou em partida de futebol? A morte de Franz Ferdinand foi a gota d’água para o conflito? A Grande Guerra foi mesmo a mais violenta? Bem, alguns especialistas contestam, na página 50, as “verdades” que já sabemos de cor. Mas, claro, sempre lembrando que, quando o assunto é História, as teorias e percepções nunca serão unânimes.

O tráfico negreiro é apenas um exemplo de como a dominação e o poder ditatorial compuseram e continuam compondo o enredo da História. Antes de Saddam Hussein exibir nove corpos de judeus na Praça da Libertação, em Bagdá, especificamente 1200 anos mais cedo, um assassino do século 8 roubou o título de açougueiro, por suas execuções sumárias e comportamentos intolerantes. Vá até a página 16 para descobrir e se surpreender com a trajetória do califa notável (para o bem ou para o mal).

Edição 5 - Janeiro 2015

Edição 4 - Outubro 2014

Edição 3 - Agosto 2014

A BBC dispensa apresentações: fundada em 1922, a rede pública de rádio e televisão do Reino Unido é referência em qualidade de informação e conteúdo com credibilidade. Por isso, é com muita satisfação que informamos que a revista de História mais vendida na Inglaterra, Escócia, no País de Gales e na Irlanda do Norte está estreando nas bancas do Brasil. Uma publicação deliciosamente interessante, com imagens reais e altamente documentada, afinal, a marca BBC não poderia proporcionar menos.

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BBC History Brasil - Edição 5 - Janeiro 2015

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